quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Os Dois Livros de Venturi

Nos dois livros, assim como em sua obra, o alvo era o modernismo do pós-guerra. Aquele modernismo que, em meio à Guerra Fria, quando o eixo da produção artística de ponta migrou da França para a América do Norte, viu emergir não apenas arranha-céus esguios envidraçados emblematizando o capitalismo corporativo, como também firmas como Skidmore, Orwell e Merril (som) e John Portman, dentre outras. Tal modernismo, com pouca ou nenhuma carga utópica, esteve na mira não apenas de Venturi como dos outros críticos também na década de 1960. De um lado, essa arquitetura era acusada de indiferente à tradição disciplinar arquitetônica; de outro, pouco vinculava-se ao contexto. Em seus dois libelos, Venturi elaborou cada um desses aspectos da crítica corrente.

Criticas Feitas por Giancarlo di Carlo

Giancarlo di Carlo, arquiteto que pertenceu ao Team X, ou seja, que foi crítico do movimento moderno nos anos 1950. Para ele, Venturi não passa de um demagogo ao propor Las Vegas como arquitetura popular, não se dando conta de que a cidade foi planejada pela máfia do jogo, que o kitsch do cenário irreal é ele mesmo planejado, desenhado, calculado. Eis um aspecto que de fato o livro não toca, em seu fervor anti-modernista: que essa cidade espontânea não existe, assim como é inatingível a forma fechada e utópica dos urbanistas modernos.

tenha maiores detalhes no site:http://www.vitruvius.com.br/resenhas/textos/resenha072.asp

Um Pouco Sobre Robert Venturi e Denise Scott


Robert Venturi e Denise Scott Brown tiveram um papel absolutamente incontornável na arquitectura contemporânea. Embora hoje bastante esquecidos, eles alteraram todo o debate em torno da modernidade nos anos sessenta e setenta.
Basicamente puseram em questão todos os arquitetos que repetiam os modelos criados pelos pioneiros do modernismo no início do século. A sua atividade centrou-se não só na elaboração de projetos como no desenvolvimento de uma teoria que suportava a sua critica acérrima e a sua actividade projetual. "Complexidade e contradição em Arquitetura" ou "Aprendendo em Las Vegas" são dois dos livros que mais espelharam a sua atividade teórica.
Nos seus livros criticaram duramente os arquitetos que projetavam casas como se tratassem de fábricas e a sua incapacidade de se motivarem com a cultura pop que estava em franco crescimento.
A casa Vanna Venturi é um dos exemplos mais paradigmáticos de todas as suas obras. Nesta obra marcante da segunda metade do século XX, a casa apresenta não só uma linguagem moderna como incorpora elementos da cultura popular americana como o telhado ou achaminé. Ao mesmo tempo recusa o simplismo da ortogonalidade, criando espaços complexos e oblícuos que se aproximam muito mais da natureza do ser humano.
Depois de Venturi o modernismo simplista que desenhava casas como barcos e reproduzia os modelos dos anos 20 até à exaustão estava definitivamente posto de lado...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Biografias e movimentos

arquiteto> Robert (Charles) Venturi

Biografia> Nasceu na Filadélfia, Pennsylvania em 1925. Freqüentou a Academia Episcopal na Filadélfia e formou-se na Universidade Princetown em New Jersey. Trabalhou com Oscar Stonorov, Eero Saarinen e Louis I. Kahn antes de montar seu escritório em 1958. Fez parceria com Paul Copper e H. Mather Lippincott (1958-61), com William Short (1961-64), e John Rausch (1964), três anos depois incluindo sua esposa Denise Scott.Projetou muitos edifícios, mas ficou renomado através das teorias publicadas em Complexidade e Contradição em Arquitetura (1966). Ao contrário de muitos modernistas, considera o simbolismo dispensável partindo de que a tecnologia moderna é raramente integrada ao simbolismo histórico. Embora se considere um arquiteto de tradição clássica western, rejeita rotulações. Ao publicar Learning from Las Vegas, desencadeou uma crítica intelectual ao Modernismo numa irônica aceitação ao “kitsch” da sociedade capitalista, que foi base para a estética do Pós-Modernismo.Lecionou na Universidade da Pennsylvania (1957-65) e na Yale University (1966-70).Recebeu o Prêmio Pritzker (1991) e do American Institute of Architects (1985).

obras> Anexo ao Museu de Arte Allen – Oberin, Ohio – 1973-86



Casa Brant – Greenich, Conneticut – 1973


http://www.educatorium.com > projetos referenciais > biografias e movimentos



Gordon Wu Hall – Princetown, New Jersey – 1983



Casa Tuckers Town – Tucker Town, Bermuda – 1975



Casa Trubek – Nantucket Island, Massachusetts – 1972



Casa Tucker – Mount Kisco, New York – 1975



Casa Vanna Venturi – Chestnut Hill, Pennsylvania – 1962



Hotel du Departement de la Haute-Garonne – Toulouse, França - 2005