terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Crítica feitas por Adolf Loos.

Mas não é sobre isto que me queria debruçar hoje. Creio que era também Adolf Loos que dizia que um edifício é tanto melhor quanto mais fácil for de ser explicado. Esta afirmação, que se enquadra perfeitamente no restante discurso do arquitecto austríaco, parece, hoje em dia, paradoxal e contraditória. Já uma vez me referi aqui a isso. Com efeito, ao olhamos para edifícios recentes de aspecto bastante simples, quase minimalista, não conseguimos identificá-los com a verborreia que o seu autor usa para os descrever. Não seria lógico que um edifício simples fosse explicado de uma forma também ela simples? Não acham os arquitectos minimalistas a simplicidade uma qualidade em todos os aspectos?

Houve quem, na profissão, não achasse, como é o caso de Robert Venturi, que defendia a complexidade da obra arquitectónica no seu livro Complexidade e contradição em arquitectura, amplamente justificada pelos exemplos históricos que apontava. Se o livro é interessante já o mesmo não acho da obra deste arquitecto, embora coerente. Mas é paradoxal - e pedagógica! - a forma simples como Venturi fala de complexidade... De qualquer modo não é isso que está em causa - se a arquitectura deve ser simples ou complexa: é a articulação entre a obra e o discurso que a suporta.

Um comentário:

  1. Não esqueçam de SEMPRE dar os créditos das fontes de pesquisa de vocês, sobretudo quando utilizam diretamente o texto de algum autor, ok?
    Abraço,
    Daniela

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